Saque Aniversário do FGTS

Governo do Estado permitirá parcelamento do IPVA em até 12 prestações
5 de outubro de 2024
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Lula diz que saque-aniversário do FGTS ‘não pode acabar’ e defende novo crédito consignado para o setor privado.

Lula ainda defendeu a continuidade do saque-aniversário, que permite retiradas anuais do saldo do FGTS. O presidente considerou que a regra
causa um “problema na poupança do Fundo de Garantia”, mas não seria possível acabar com o benefício porque prejudicaria muitas pessoas.

Temos dois debates hoje. Temos o saque-aniversário que é uma coisa que está causando certo problema na poupança do Fundo de Garantia, mas a gente tem noção que não pode acabar porque vai mexer com muita gente. Mas o que a gente quer é fazer com que os trabalhadores da iniciativa privada tenham direito a crédito consignado — afirmou.

O ministro Luiz Marinho já defendeu diversas vezes acabar com o saque-aniversário do FGTS. Ele atrelou essa discussão a um novo modelo
de crédito consignado para o setor privado, com o qual o governo espera ampliar a modalidade. Com o saque-aniversário, o trabalhador abre mão de receber o FGTS em outras situações, como demissão.

Segundo dados oficiais, mais de 9 milhões de trabalhadores que decidiram pegar parte do saldo no mês do aniversário não puderam receber o valor total do fundo, durante os mais de quatro anos da existência desse tipo de saque. A regra impediu o resgate de R$ 5 bilhões.

O governo avaliava enviar ao Congresso Nacional um projeto acabando com essa modalidade e propondo um formato que dará ao trabalhador do setor privado mais acesso ao crédito consignado, ou seja, quando há descontos na folha de pagamento.

Acho que os trabalhadores vão concordar que se tiverem crédito consignado não precisa comprometer o Fundo de Garantia. Porque hoje o
trabalhador que recebeu uma parte do Fundo de Garantia não pode retirar nem se for mandado embora, isso é um absurdo — afirmou Lula.

O presidente afirmou que o governo estuda a mudança, mas que não deve ser possível tirar isso do papel ainda neste ano.

Tudo isso, a gente quer fazer de forma conversada e acordada. Não sei se dará pra fazer isso este ano porque discutimos isso meses atrás, o
ministro do Trabalho fica pesquisando, discutindo com a Fazenda, e é importante não fazer rápido para não fazer coisa errada.

Lula destacou ainda que é preciso que o projeto seja acordado com o Congresso Nacional para não ser “tripudiado”.

A gente tem que mandar uma coisa que seja plausível, e toda vez eu faço questão de conversar com as lideranças do Congresso Nacional,
porque, se a gente não conversar antes com as lideranças, a gente manda um projeto para o Congresso Nacional, chega lá , ele é tripudiado.